M�mia de Rams�s I � recebida no Egito

>> quarta-feira, 18 de junho de 2008

O fara� Rams�s I j� repousa na terra que governou h� mais de 3,5 mil anos, ap�s o regresso de sua m�mia na noite de ontem, s�bado, ao Egito, de onde foi retirada h� mais de 140 anos por uma fam�lia de contrabandistas. A m�mia entrou no Museu do Egito no Cairo com honras de chefe de Estado, apesar de n�o haver certeza absoluta de que se trata realmente do fara� Rams�s I, fundador da 19� dinastia, que marcou a idade de ouro do Novo Imp�rio eg�pcio.

As crian�as da escola do Museu, vestidas como seus antepassados, acompanharam o caix�o, envolvida na bandeira eg�pcia, enquanto entoavam hinos militares como os que se ouvem no aeroporto durante visitas oficiais. "Embora n�o tenhamos certeza absoluta de que a m�mia � de Rams�s I, os relat�rios e os estudos arqueol�gicos indicam que � uma m�mia real", explicou o arque�logo eg�pcio e diretor do Conselho Superior de Antig�idades eg�pcias, Zahi Hawas.

Acompanhado por Bonnie Speed, diretora do museu Michael C. Carlos de Atlanta, onde a m�mia permaneceu nos �ltimos anos, Hawas descobriu o corpo, que ser� exibido durante um m�s e meio no Museu do Cairo, antes de ser levado para Luxor, antiga Tebas, capital da 19� dinastia.

"O regresso da heran�a cultural do Egito, que foi ilegalmente retirada do pa�s, � o grande sonho de todos os eg�pcios", ressaltou em um comunicado o ministro da Cultura, Faruk Hosni, que n�o p�de participar da cerim�nia de boas-vindas.

Em meio a uma grande expectativa e diante de dezenas de meios de comunica��o eg�pcios e estrangeiros, Hawas relatou os pormenores do resgate da suposta m�mia de Rams�s I, retirada ilegalmente do Egito na segunda metade do s�culo XIX. "A odiss�ia de Rams�s I come�ou em 1870 quando a fam�lia de Abdel Rasul espoliou seu t�mulo no Vale dos Reis de Luxor (a aproximadamente 725 quil�metros do Cairo)", ressaltou Hawas. "Em 1871, ela foi vendida ao antiqu�rio ingl�s Mustafa Agha, que a revendeu ao museu de Arte da Cataratas do Ni�gara (Canad�), que n�o sabia que pertencia a um rei", continuou.

Museu falido
Este museu declarou sua fal�ncia em 1999 e vendeu toda sua cole��o - incluindo a m�mia - a um comerciante canadense, que, ao n�o se sentir atra�do pelas antig�idades fara�nicas, as ofereceu ao Museu Michael C. Carlos por dois milh�es de d�lares. Um dos diretores do museu pagou um milh�o pelas pe�as, enquanto o restante foi arrecadado junto � popula��o de Atlanta.

Com base nesta hist�ria e em diversos estudos feitos pelo museu Michael C. Carlos, Hawas diz que a m�mia deve ser mesmo de Rams�s I. Segundo o arque�logo eg�pcio, existem v�rios ind�cios que provam esta teoria: Agha foi o comprador de todos os tesouros roubados pelos contrabandistas do t�mulo de Rams�s I. Al�m disso, os tra�os do rosto se parecem muito aos de Seti I, seu filho e sucessor, cujo t�mulo foi o �nico real encontrado intacto.

A forma de mumifica��o e a postura das m�os, cruzadas sobre o peito, indicam que se trata de um rei do Novo Imp�rio (1539-1075 antes de Cristo). Por fim, "quando em 1881 abriu-se o t�mulo de Rams�s I, em Deir Bahary (na margem ocidental do rio Nilo), encontraram-no vazio".

Rams�s I, considerado o segundo melhor comandante da �poca fara�nica, depois do guerreiro-fara� Horemheb, foi o fundador da XIX dinastia, que governou o Alto e o Baixo Egito entre 1304 e 1192 antes de Cristo. Atrav�s do Exercito fara�nico, chegou a ser comandante supremo e, depois, primeiro-ministro durante o reinado de Horemheb, seu antecessor e �ltimo monarca da dinastia XVIII.

Agora, depois de mais de 140 anos de p�riplo norte-americano e um complicado resgate, ele descansar� na capital que conheceu seu esplendor, na sala do "Ex�rcito eg�pcio durante a �poca dourada dos fara�s", em Luxor.

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